O Hospital Dr. José Maria Morais, gerido pela Prefeitura de Coronel Fabriciano, segue com 15 pacientes em internação por causa de Covid-19. Destes, oito estão em tratamento na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que representa taxa de ocupação de 40% do total de 20 leitos disponíveis equipados com respiradores. Outros sete pacientes seguem em leitos de enfermarias. Os dados são desta quarta-feira, 17.
A taxa de ocupação leva em conta a estrutura em funcionamento na instituição desde o dia 2 de junho e os dados do Boletim Epidemiológico, atualizados diariamente. Além dos 20 leitos de UTI –10 credenciados pelo Ministério da Saúde/SUS e 10 mantidos com recursos próprios do município e prontos para o uso – o HJMM conta com 20 leitos de enfermaria, totalizando 40 leitos exclusivos tratar pacientes com Covid-19.
A secretaria de Governança da Saúde tranquiliza a população e explica que o Hospital não atingiu a sua capacidade máxima instalada para tratar pacientes de Covid-19. “Do total de 20 leitos, apenas 10 estão credenciados, recebem recursos e são regulados pelos SUS. Os outros 10 já existem, estão prontos e equipados e são bancados pela Prefeitura de Fabriciano e serão usados em favor da população de Fabriciano”, enfatiza esclarece.
O HJMM adequou a estrutura física do HJMM, num investimento de R$ 1,2 milhões em recursos próprios, o que possibilita a ampliação de mais 40 leitos, caso necessário. Mas para isso, o município precisa de recursos, ampliando assim a sua capacidade em favor do município e região.
CUSTEIO DEVERIA SER TRIPARTIDE
No último dia 12, a Assembleia Metropolitana do Vale do Aço promoveu mais uma reunião para debater ações conjuntas para tratar Covid-19. Estavam presentes prefeitos, secretários de saúde, lideranças políticas, representantes de hospitais e Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG). No encontro, foi cobrando atuação mais efetiva do Estado na região, inclusive com recursos.
O custo estimado para manter 10 leitos de UTI para Covid é de R$ 270 mil mensal. Conforme a Constituição, o SUS é tripartide, com recursos alocados pelos municípios, Estado e União. Mas infelizmente não é o que ocorre na prática. Em Fabriciano, o Estado deve R$ 10 milhões apenas para o Hospital Dr. José Maria relativo a repasses em atraso do ano passado. Ainda assim, Fabriciano se antecipou, criou a estrutura com recursos próprios e continua a buscar os recursos para habilitar mais leitos de UTI conforme a demanda. O município já iniciou o processo de credenciamento junto ao SUS dos 10 leitos de UTI, já que estes podem ser demandados a qualquer momento.
O Hospital Dr. José Maria Morais, mantido e gerido pela Prefeitura, é a única “porta aberta 100% SUS” da microrregião da Saúde de Coronel Fabriciano. A Unidade é referência para casos de urgência e emergência médica para 217 mil habitantes dos oito - além de Fabriciano, Timóteo, Antônio Dias, Córrego Novo, Jaguaraçu, Marliéria, Pingo d´ Água e Dionísio.
