A Prefeitura de Coronel Fabriciano, por meio da Secretaria de Governança da Saúde, concluiu o segundo Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2025, e o resultado acende um alerta. O estudo identificou que 4% dos imóveis pesquisados apresentam focos do mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya — índice classificado como alto risco de epidemia pelo Ministério da Saúde.
O levantamento, realizado quadrimestralmente, tem o objetivo de mapear a incidência do mosquito e orientar as ações de combate no município. Na comparação com o último LIRAa, realizado em janeiro, houve um aumento no índice de infestação predial, que passou de 3,8% para 4%, saindo da faixa de risco médio e entrando na de alto risco. Segundo Adelson Arruda, coordenador de Zoonoses e Endemias da Prefeitura, o crescimento pode ser reflexo do período de alta transmissão, associado às chuvas recentes: “Como acabamos de sair da estação chuvosa, esse resultado pode ser um resquício do fim desse período, quando há maior proliferação do mosquito”, explica.
Entre os dias 2 e 5 de junho, os agentes de combate às endemias (ACEs) vistoriaram 1.685 imóveis de Fabriciano. O levantamento apontou que a maior parte dos focos do mosquito Aedes aegypti está dentro das residências. Vasos de plantas, caixas d’água, potes, bebedouros de animais e ralos seguem liderando a lista dos principais criadouros encontrados.
Bairros com maior índice de infestação
Os bairros com maior risco de infestação identificados neste levantamento são:
- Distrito
- Santa Terezinha II
- Pedreira
- Santa Terezinha I
- Caladão
- Gávea
Ações intensificadas de combate
Antes mesmo da divulgação do LIRAa, a Prefeitura já vinha reforçando as ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya. Desde janeiro, foram realizadas visitas domiciliares, vistorias em estabelecimentos comerciais e inspeções em terrenos baldios. Além disso, equipes aplicam inseticidas periodicamente em locais estratégicos, como sucatas, borracharias e áreas com acúmulo de materiais, além de eliminar focos e recolher materiais inservíveis.
Conforme Adelson, o foco agora está nos bairros com maior infestação apontados pelo LIRAa. “Os agentes vão vistoriar todas as casas em mutirões, retirando recipientes que possam acumular água, destruindo focos, tratando reservatórios fixos e orientando os moradores. Com o trabalho contínuo e o período de estiagem que se aproxima, esperamos reduzir rapidamente os índices para menos de 1%”, pontua.
A Prefeitura pede o apoio da população para colaborar nas ações de prevenção, mantendo quintais e residências livres de criadouros e permitindo a entrada dos agentes durante as vistorias.
