A responsabilidade de eliminar os focos do Aedes é de cada um e requer vigilância contínua. E não adianta achar que água parada só acumula no terreiro do vizinho. É preciso ficar atento dentro da nossa casa: bebedouros de animais; tambor e reservatórios de água; piscinas; garrafas pets; vasos sanitários e pratinhos de plantas são alguns dos lugares onde os agentes de endemias mais encontram larvas do Aedes.
Em Fabriciano, o último LIRAa apurou o índice de infestação de 2,2%. E como nos levantamentos anteriores, 80% dos focos foram identificados dentre das casas, justamente, nos recipientes listados acima. As localidades mais infestadas são: Jardim Primavera (2,4%), Frederico Ozanan (2,2%), Moradora do Vale (2%) e Aparecida do Norte (2%). O levantamento foi feito entre os dias 6 e 10 de janeiro de 2020. Em outubro de 2019, o LIRAa foi de 0,8%.
Os índices abaixo 1% indicam condições satisfatórias; entre 1% e 3,9%, situação de alerta, e superiores a 4%, risco de surto. A chegada do calor e do período chuvoso é propícia para a reprodução do mosquito Aedes aegypti. Portanto, é a época do ano que requer mais cuidado do poder público e, principalmente, do cidadão.
Em Fabriciano, a Saúde mantém as ações de prevenção e combate e chama à população para colaborar e manter o mosquito transmissor e as arbovisores dengue, zika e chikungunya sob controle.
“Há mais de dois anos temos ficado abaixo do índice tolerável do Ministério da Saúde, por meio de ações de efetivas e continuas de controle das arbovirores que reduziram drasticamente a infestação e os casos das doenças. Mas é imprescindível que a comunidade continue colaborando e cada pessoa, cuide do sua casa, do seu quintal, elimine ou higienize recipientes que acumulem água para impedir que o mosquito se desenvolva”, destaca a subsecretária de Saúde de Fabriciano, Vania Tavares.
APOIO DA POPULAÇÃO
O mosquito transmissor da dengue, vírus Zika e chikungunya vive e se reproduz dentro e ao redor das nossas casas. Agindo uma vez por semana na limpeza de criadouros, a população interfere no desenvolvimento do transmissor das arboviroses, já que seu ciclo de vida, do ovo ao mosquito adulto, leva de 7 a 10 dias. Com a ação semanal, é possível impedir que ovos, larvas e pupas do mosquito cheguem à fase adulta, freando a transmissão dessas doenças. Confira algumas dicas:
- Evitar água parada.
- Sempre que possível, esvaziar e escovar as paredes internas de recipientes que acumulam água.
- Manter totalmente fechadas cisternas, caixas d’água e reservatórios provisórios, como tambores e barris.
- Furar pneus e guardá-los em locais protegidos das chuvas.
- Guardar latas e garrafas emborcadas para não reter água.
- Limpar periodicamente, calhas de telhados, marquises e rebaixos de banheiros e cozinhas, não permitindo o acúmulo de água.
- Jogar quinzenalmente desinfetante nos ralos externos das edificações e nos internos pouco utilizados.
- Drenar terrenos onde ocorra formação de poças.
- Não acumular latas, pneus e garrafas.
- Encher com areia ou pó de pedra poços desativados ou depressões de terreno.