Um novo Levantamento do Índice Rápido de Infestação do Aedes Aegypt (LIRAa) realizado entre os dias 7 e 12 de março revelou que Coronel Fabriciano está com médio risco de transmissão das arboviroses dengue, zika e chicungunya. A taxa de infestação de larvas encontradas nas casas é de 3.9. Acima disso já é considerado alto risco.
O quadro atual encontra explicações no fato de vivermos um período de chuvas intensas, que vai de janeiro a abril, conforme explica o Coordenador de Zoonoses do município, Adelson Arruda. “Nós tivemos um primeiro levantamento em fevereiro que indicou um índice abaixo deste, mas a gente já esperava este valor de risco médio devido à frequência das chuvas. Apesar desse dado, o número de notificações de casos de doenças em relação ao ano passado caiu drasticamente, o que nos dá um certo alívio”, disse.
O Secretário de Governança da Saúde, Ricardo Cacau, ressalta que o Vale do Aço é uma área endêmica de arboviroses, o que aumenta a preocupação. Segundo Cacau o trabalho inicial será de bloqueio vetorial nos pontos críticos com auxílio do fumacê, mas ele lembra que todas as ações dependem, principalmente, do engajamento da população. “É hora de todos dedicarem 10 minutos diários para combater o Aedes Aegypt. 90% dos focos estão dentro das residências, então os moradores precisam se conscientizar e limpar suas casas, eliminando os focos.”, disse Cacau.
AÇÕES DE BLOQUEIO E PREVENÇÃO
Nesta semana a Secretaria de Saúde vai iniciar de imediato um mutirão de limpeza e vistoria das casas nos bairros com a maior taxa de transmissão. Algumas localidades registram índices altíssimos que exigem pressa na resposta e maior consciência da população em cuidar e eliminar potenciais criadouros do mosquito.
A situação é bastante preocupante nos bairros Contente (17,6%), Córrego Alto (12,5%) e Santo Antônio (12%). No Silvio Pereira 1, que teve taxa de infestação de 4%, a população preparou por conta própria uma ação de combate às arboviroses por meio da associação de bairro.