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Rede municipal de Fabriciano prepara profissionais da educação infantil para inclusão em sala de aula

27/02/2023 14:58

Rede municipal de Fabriciano prepara profissionais da educação infantil para inclusão em sala de aula

“Os desafios da educação inclusiva na primeira infância” foi tema de mais uma capacitação na última sexta-feira, 24/2, para os educadores da rede municipal de Coronel Fabriciano. O assunto foi abordado pelo professor Rômulo Marinho, especialista nas áreas de Inclusão Educacional e Diversidade, Valores Humanos e Educação e consultor do Sistema de Ensino Aprende Brasil.

 

Pelo menos 300 profissionais entre professores, diretores e vice-diretores e monitores de apoio à infância (MAIN) e à pessoa com deficiência (MAPD) das escolas municipais participaram do encontro. O objetivo é atualizar as equipes e ampliar as ações e estrutura já existentes para acolher, integrar e, de fato, incluir todos os alunos – em especial, os que possuem algum tipo de deficiência física ou intelectual.

 

O professor Rômulo Marinho Sobrinho, ressalta que o processo de inclusão é de pessoas no seu todo. “A escola já é um movimento de inclusão do aluno que tem uma necessidade específica e também daquele que não tem.  E dois pontos são primordiais para que a inclusão de fato aconteça: o primeiro, é acolhida e segundo, o respeito à dignidade dessa pessoa. E entender a necessidade específica desta pessoa e a capacidade de cada aluno, daí a necessidade da capacitação continuada como tem feito Coronel Fabriciano”, explica o especialista em inclusão educacional.

 

LEGISLAÇÃO E FAMÍLIA

O professor também destaca a importância do papel da família neste processo. “A inclusão é um desafio. Este trabalho não é uma via única, é um trabalho de muitas mãos. A família precisa ser parceira da escola para garantir uma condição digna de participação e inclusão da criança não só na escola, mas na sociedade”, explica.

 

Ainda conforme o profissional, o Brasil é um dos países da América Latina com maior número de leis sobre inclusão. No entanto, ele destaca que as “brechas” e interpretações nas leis aumentam os desafios para que a inclusão de fato aconteça.

 

“Um exemplo, é a legislação atual sobre monitores de apoio a crianças e pessoas com deficiência. Claro que cada caso e necessidade é individual e precisa ser analisado conforme laudo. Mas em linhas gerais a legislação fala sobre a necessidade de acompanhamento e não de professor exclusivo para esta criança. A questão é: será que ao invés de incluir você não acaba segregando?”, indaga.

 

INCLUSÃO NA ESCOLA

O secretário de Governança Educacional e Cultura, Carlos Alberto Serra Negra, abriu os trabalhos. E mais uma vez, frisou que a integração e inclusão dos alunos requer ações contínuas de capacitações, estudos e adequações em toda a rede escolar

 

“A inclusão não é feita da noite para o dia e, por isso, precisamos nos capacitar tecnicamente e estruturalmente. Contratamos mais pessoal, investimos em qualificação e constantemente abrimos novas vagas para profissionais para garantir que as nossas crianças sejam atendidas com a melhor qualidade no ambiente escolar, o que é uma marca da nossa gestão”, disse.

 

NÚMEROS

Dados da Secretaria de Governança Educacional e Cultura indicam que para cada 25 alunos, 1 é autista ou possui algum tipo de deficiência física ou intelectual. Em 2022, dos 646 estudantes com deficiência matriculados nas escolas municipais, 275 tinham o diagnóstico de autismo.

 

Atualmente, o município conta com 147 Monitores de Apoio à Pessoa com Deficiência (MAPD) e está com um processo seletivo em aberto para ampliar o número de vagas.